Desenvolvimento Web com Python e Django: View

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Salve salve Pythonista! :wave:

Continuando a nossa série de posts sobre Django, no artigo de hoje vamos tratar sobre a camada View da sua arquitetura!

Se você ainda não leu os primeiros posts da série, você COM CERTEZA está perdendo informações importantes.

Se esse for o seu caso, então já clica aqui pra ver o post introdutório e/ou aqui para ler o post sobre a camada Model e fique por dentro!

Agora, faça uma xícara de café, ajuste sua cadeira e vamos nessa que o post de hoje tá COMPLETÃO!!

:coffee: :coffee: :coffee:

Vá Direto ao Assunto…

Mas primeiro...

Eu disponibilizei gratuitamente a aula introdutória do nosso Curso de Django - que é parte integrante do curso Jornada Python, aqui da Python Academy - e acho que você pode aprender bastante com ela!

Nesse vídeo você vai aprender sobre:

  • Desenvolvimento Frontend vs Backend
  • Arquitetura do Django
  • Por que aprender Django
  • O mercado para o Desenvolvedor Django
  • O salário do Dev Django trabalhando para fora
  • Quais empresas utilizam o Django

É só clicar na imagem abaixo para assistir o vídeo!

Onde estamos…

Primeiramente, vamos nos situar:

Arquitetura do Django - Model

No primeiro post, tratamos da parte introdutória do Django, uma visão geral das suas camadas, a instalacão do framework e (CLARO) a criação do famoso Hello World Django-based.

Já no segundo post, tratamos da camada Model, onde definimos as entidades do nosso sistema, a interface com o banco de dados e aprendemos como utilizar a API de acesso a dados provida pelo Django - que facilita muito nossa vida!

No post sobre a Camada Model desenvolvemos a base do nosso HelloWorld: um projeto de gerenciamento de funcionários.

Vamos continuar desenvolvendo-o nesse post, portanto, se você não tem o código desenvolvido, baixe-o aqui pois iremos utilizá-lo com o base!

Ao final do post se encontra o código final com o que foi passado aqui! :wink:

Agora, vamos um pouco mais fundo no Django e vamos tratar da camada View da arquitetura MTV do Django (Model Template View).

É nessa camada que descrevemos a lógica de negócio da nossa aplicação!

Sem mais delongas, apresento-lhes: A camada View!

Detalhes da Camada

Essa camada tem a responsabilidade de processar as requisições vindas dos usuários, formar uma resposta e enviá-la de volta ao usuário. É aqui que residem nossas lógicas de negócio!

Ou seja, essa camada deve: recepcionar, processar e responder!

Para isso, começamos pelo roteamento de URLs!

A partir da URL que o usuário quer acessar (/funcionarios, por exemplo), o Django irá rotear a requisicão para quem irá tratá-la.

Mas primeiro, o Django precisa ser informado para onde mandar a requisição.

Fazemos isso no chamado URLconf e damos o nome à esse arquivo, por convenção, de urls.py!

Geralmente, temos um arquivo de rotas por app do Django. Portanto, crie um arquivo urls.py dentro da pasta /helloworld e outro na pasta /website.

Como o app helloworld é o núcleo da nossa aplicação, ele faz o papel de centralizador de rotas, isto é:

  • Primeiro, a requisição cai no arquivo /helloworld/urls.py e é roteada para o app correspondente.
  • Em seguida, o URLConf do app (/website/urls.py, no nosso caso) vai rotear a requisição para a view que irá processar dada requisição.

Dessa forma, o arquivo helloworld/urls.py deve conter:

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from django.urls.conf import include
from django.contrib import admin
from django.urls import path

urlpatterns = [
    # URL padrão
    path('', include('website.urls', namespace='website')),

    # Interface administrativa
    path('admin/', admin.site.urls),
]

Assim, toda requisição sem o caminho (path) /admin vai ser roteado pela primeira regra: website.urls (URLConf do app website).

Em seguida, a requisição segue para o roteamento do app específico (website, no caso).

Pode parecer complicado, mas ali embaixo, quando tratarmos mais sobre Views, vai fazer mais sentido (se não fizer, poste sua dúvida aqui embaixo)!

A configuração do URLConf é bem simples! Basta definirmos qual função ou View irá processar requisições de tal URL.

Por exemplo, queremos que:

Quando um usuário acesse a URL raíz /, o Django chame a função index() para processar tal requisição

Vejamos como poderíamos configurar esse roteamento no nosso arquivo urls.py:

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# Importamos a função index() definida no arquivo views.py
from . import views

app_name = 'website'

# urlpatterns a lista de roteamentos de URLs para funções/Views
urlpatterns = [
    # GET /
    url(r'^$', views.index, name='index'),
]

O atributo app_name = 'website' define o namespace do app website (lembre-se do décimo nono Zen do Python: namespaces são uma boa ideia! - clique aqui para saber mais sobre o Zen do Python)

Django utilizava Expressões Regulares (RegEx - Regular Expressions) para o “casamento” de URLs.

Já na versão 2.0 do Django, os desenvolvedores retiraram a obrigatoriedade de se utilizar RegEx!!! Agora, ao invés de fazermos isso:

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url(r'^funcionarios/(?P<ano>[0-9]{4})/$', views.funcionarios_por_ano),

podemos fazer apenas:

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path('funcionarios/<int:ano>/', views.funcionarios_por_ano),

Mais legível, né?!

:wave: Ei, você aí! Quer se sentir realmente capaz ao desenvolver Aplicações Web com Django? Então clique no link abaixo e dê o próximo passo agora mesmo!

Jornada Django

A Jornada Django foi pensada em quem já sabe Python e quer dar o próximo passo. Aqui você vai dominar o Desenvolvimento Web com o poderoso Django.

Vinícius Ramos
Vinícius Ramos 🇺🇸 Senior Software Engineer 🇧🇷 Fundador
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Funções vs Class Based Views

Com as URLs corretamente configuradas, o Django irá rotear a sua requisição para onde você definiu. No caso acima, sua requisição irá cair na função views.funcionarios_por_ano().

Podemos tratar as requisições de duas formas: através de funções ou através de Class Based Views (CBVs - ou apenas Views).

Utilizando funções, você basicamente vai definir uma função que recebe como parâmetro uma requisição (request), realizar algum processamento e retornar alguma informação.

Já as Views são classes que herdam de django.views.generic.base.View e que agrupam diversas funcionalidades e facilitam a vida do desenvolvedor.

Nós podemos herdar e estender as funcionalidades das Views do Django para atender a lógica da nossa aplicação.

Por exemplo, suponha você quer criar uma tela com a lista de todos os funcionários.

Utilizando funções, você poderia fazer da seguinte forma:

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def lista_funcionarios(request):
    # Primeiro, buscamos os funcionarios
    funcionarios = Funcionario.objetos.all()

    # Incluímos no contexto
    contexto = {
      'funcionarios': funcionarios
    }

    # Retornamos o template no qual os funcionários serão dispostos
    return render(request, "templates/funcionarios.html", contexto)

Algumas colocações:

  • Toda função que vai processar requisições no Django recebe como primeiro parâmetro, um objeto request contendo os dados dessa requisição.
  • Contexto é o conjunto de dados que estarão disponíveis no template.
  • A função django.shortcuts.render() é um atalho (shortcut) do próprio Django que facilita a renderização de templates: ela recebe a própria requisição, o diretório do template e o contexto.

Já utilizando Views, podemos utilizar a View django.views.generic.ListView para listar os funcionários, da seguinte forma:

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from django.views.generic import ListView

class ListaFuncionarios(ListView):
    template_name = "templates/funcionarios.html"
    model = Funcionario
    context_object_name = "funcionarios"

Perceba que você não precisou descrever a lógica para buscar a lista de funcionários?

É exatamente isso que as Views do Django proporcionam: elas descrevem o comportamento padrão para as funcionalidades mais simples (listagem, exclusão, busca simples, atualização).

O caso comum para uma listagem de objetos é buscar todo o conjunto de dados daquela entidade e mostrar no template, certo?! É exatamento isso que a ListView faz!

Com isso, um objeto funcionarios estará disponível, magicamente, no seu template para iteração.

Dessa forma, podemos então criar uma tabela no nosso template com os dados de todos os funcionários:

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<table>
  <tbody>
    {% for funcionario in funcionarios %}
      <tr>
        <td>{{ funcionario.nome }}</td>
        <td>{{ funcionario.sobrenome }}</td>
        <td>{{ funcionario.remuneracao }}</td>
        <td>{{ funcionario.tempo_de_servico }}</td>
      </tr>
    {% endfor %}
  </tbody>
</table>

Se já quiser saber mais sobre templates, acesse aqui o post sobre a Camada de Templates!

O Django tem uma diversidade enorme de Views, uma para cada finalidade, por exemplo:

  • CreateView: Facilita a criação de objetos (É o Create do CRUD)
  • DetailView: Traz os detalhes de um objeto (É o Retrieve do CRUD)
  • UpdateView: Facilita a atualização de um objeto (É o Update do CRUD)
  • DeleteView: Facilita a deleção de objetos (É o Delete do CRUD)

E várias outras muito úteis!

Agora vamos tratar detalhes do tratamento de requisições através de funções. Em seguida, trataremos mais sobre as Class Based Views.

Funções (Function Based Views)

Utilizar funções é a maneira mais explícita para tratar requisições no Django (veremos que as Class Based Views podem ser um pouco mais complexas pois muita coisa acontece implicitamente).

Utilizando funções, geralmente tratamos primeiro o método HTTP da requisição: foi um GET? Foi um POST? Um OPTION?

A partir dessa informação, processamos a requisição da maneira desejada.

Vamos seguir o exemplo abaixo:

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def cria_funcionario(request, pk):
  # Verificamos se o método POST
  if request.method == 'POST':
    form = FormularioDeCriacao(request.POST)

    if form.is_valid():
      form.save()      
      return HttpResponseRedirect(reverse('list_view'))
  
  # Qualquer outro método: GET, OPTION, DELETE, etc...
  else:
    return render(request, templates/form.html, {'form': form})

O fluxo é bem simples de entender, vamos lá:

  • Primeiro, conforme mencionei, verificamos o método HTTP da requisição no campo method do objeto request na linha 3.
  • Depois instanciamos um form com os dados da requisição (no caso POST) com FormularioDeCriacao(request.POST) na linha 4 (vamos falar mais sobre Form já já).
  • Verificamos os campos do form com form.is_valid() na linha 6..
  • Se tudo estiver OK, retornamos um redirect para uma view de listagem na linha 8.
  • Se for qualquer outro método, apenas renderizamos a página novamente com render(request, templates/form.html, {'form': form}) na linha 12.

Apesar de ser pouco código, foram introduzidos diversos conceitos novos. Então vamos por partes!

Vamos começar abrindo o objeto request para ver o que tem dentro e ver o que pode ser útil para nós.

Observação: Para saber mais sobre os campos do objeto request, dá uma olhada na classe django.http.request.HttpRequest!

Separei aqui alguns atributos que provavelmente serão os mais utilizados por você:

  • request.scheme: String representando o esquema (HTTP ou HTTPS).
  • request.path: String com o caminho da página requisitada - exemplo: /cursos/curso-de-python/detalhes.
  • request.method: Conforme citamos, contém o método HTTP da requisição (GET, POST, UPDATE, OPTION, etc).
  • request.content_type: Representa o tipo MIME da requisição - text/plain para texto plano, image/png para arquivos .PNG, por exemplo - saiba mais clicando aqui
  • request.GET: Um dict contendo os parâmetros GET da requisição.
  • request.POST: Um dict contendo os parâmetros do corpo de uma requisição POST.
  • request.FILES: Caso seja uma página de upload, contém os arquivos que foram enviados. Só contém dados se for uma requisição do tipo POST e o <form> da página HTML tenha o parâmetro enctype="multipart/form-data".
  • request.COOKIES: Dict contendo todos os COOKIES no formato de string.

Em 99.9% dos casos, estaremos processando dados desses campos!

Dica: Quer ver os campos da requisição em “tempo real” que chegaram no servidor? Então liga o debug da sua IDE (caso tenha) e coloque um breakpoint em alguma view, dispare alguma requisição e veja o que acontece! Por exemplo, utilizando o PyCharm:

Debugando com o PyCharm

(Caso esteja ruim de ver a imagem, clique com o botão direito em cima da imagem e depois em “Abrir imagem em uma nova guia”).

Do lado esquerdo, o código com o breakpoint que coloquei (círculo vermelho). Do lado direito, as variáveis do objeto request que tratamos aqui em cima!

Outra dica: Recomendo fortemente a utilização do PyCharm! Ela é MUITO boa!

Dito isso, agora vamos tratar detalhes do tratamento de requisições através de Class Based Views.

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Classes (CBV - Class Based Views)

Conforme expliquei ali em cima, as Class Based Views servem para automatizar e facilitar nossa vida, encapsulando funcionalidades comuns que todo desenvolvedor sempre acaba implementando. Por exemplo, geralmente:

  • Queremos que quando um usuário vá para página inicial, seja mostrado apenas uma página simples.
  • Queremos que nossa página de listagem contenha a lista de todos os funcionários (por exemplo) cadastrados no banco de dados.
  • Queremos uma página com um formulário contendo todos os campos pré-preenchidos para atualização de dado funcionário.
  • Queremos uma página de exclusão de funcionários.
  • Queremos um formulário em branco para inclusão de um novo funcionário.

Certo?!

Pois é, as CBVs - Class Based Views - fazem isso!

Temos basicamente duas formas para utilizar uma CBV.

Primeiro, podemos utilizá-las diretamente no nosso URLConf (urls.py), assim:

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from django.urls import path
from django.views.generic import TemplateView

urlpatterns = [
    path('', TemplateView.as_view(template_name="index.html")),
]

E a segunda maneira, a mais utilizada e mais poderosa, é herdando da View desejada e sobrescrever os atributos e métodos na subclasse.

Eu particularmente prefiro a segunda forma, pois encapsula todas as Views no mesmo arquivo: no views.py

TemplateView

Por exemplo, para o primeiro caso, podemos utilizar a TemplateView (documentação) para apenas mostrar uma página, da seguinte forma:

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class IndexTemplateView(TemplateView):
  template_name = "index.html"

E a configuração de rotas fica assim:

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from django.urls import path
from helloworld.views import IndexTemplateView

urlpatterns = [
    path('', IndexTemplateView.as_view()),
]

ListView

Já para o segundo caso, de listagem de funcionários, podemos utilizar a ListView (documentação). Nela, nós configuramos o Model que deve ser buscado (Funcionario no nosso caso), e ela automaticamente faz a busca por todos os registros presentes no banco de dados da entidade informada.

Por exemplo, a seguinte View:

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from django.views.generic.list import ListView
from helloworld.models import Funcionario

class FuncionarioListView(ListView):
  template_name = "website/lista.html"
  model = Funcionario
  context_object_name = "funcionarios"

Com essa configuração:

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from django.urls import path
from helloworld.views import FuncionarioListView

urlpatterns = [
    path('funcionarios/', FuncionarioListView.as_view()),
]

Resulta em uma página lista.html contendo um objeto chamado "funcionarios" contendo todos os Funcionários disponível para iteração.

Dica: Eu geralmente coloco o nome da View como sendo o Model com a CBV base. Por exemplo: se eu fosse criar uma view que vai listar todos os Cursos cadastrados, eu daria o nome de CursoListView (Model = <Curso>, CBV = <ListView>).

UpdateView

Já para aualização de usuários podemos utilizar a UpdateView (documentação). Com ela, setamos (no mínimo) qual o Model, quais campos e qual o nome do template, e com isso temos um formulário para atualização do modelo em questão.

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from django.views.generic.edit import UpdateView
from helloworld.models import Funcionario

class FuncionarioUpdateView(UpdateView):
    template_name = "atualiza.html"
    model = Funcionario
    fields = [
      'nome',
      'sobrenome' ,
      'cpf',
      'tempo_de_servico',
      'remuneracao'
    ]    

Dica: Ao invés de todos os campos em fields em formato de lista de strings, podemos utilizar fields = '__all__' que o Django irá buscar todos os campos para você!

Mas e de onde o Django vai pegar o id do objeto a ser buscado?

O Django precisa ser informado do id ou slug para poder buscar o objeto correto a ser atualizado.

Podemos fazer isso de duas formas.

Primeiro, na configuração de rotas (urls.py), dessa forma:

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from django.urls import path
from helloworld.views import FuncionarioUpdateView

urlpatterns = [
    # Utilizando o {id} para buscar o objeto
    path('funcionario/<id>', FuncionarioUpdateView.as_view()),

    # Utilizando o {slug} para buscar o objeto
    path('funcionario/<slug>', FuncionarioUpdateView.as_view()),
]

Mas e o que é slug?

Slug é uma forma de gerar URLs mais legíveis a partir de dados já existentes.

Exemplo: podemos criar um campo slug utilizando o campo nome do funcionário. Dessa forma, as URLs ficariam assim:

  • /funcionario/vinicius-ramos

e não assim (utilizando o id na URL):

  • /funcionario/175

No campo slug, todos os caracteres são transformados em minúsculos e os espaços são transformados em hífens.

A segunda forma de buscar o objeto que estará disponível na tela de atualização é utilizando (ou sobrescrevendo) o método get_object() da classe pai UpdateView.

A documentação desse método traz (traduzido):

“Retorna o objeto que a View irá mostrar. Requer self.queryset e um argumento pk ou slug no URLConf. Subclasses podem sobrescrever esse método e retornar qualquer objeto.”

Ou seja, o Django nos dá total liberdade de utilizarmos a convenção (parâmetros passados pela URLConf) ou a configuração (sobrescrevendo o método get_object()).

Basicamente, o método get_object() deve pegar o id ou slug da url e realizar a busca no banco de dados até encontrar aquele id:

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from django.views.generic.edit import UpdateView
from helloworld.models import Funcionario

class FuncionarioUpdateView(UpdateView):
    template_name = "atualiza.html"
    model = Funcionario
    fields = '__all__'
    context_object_name = 'funcionario'

    def get_object(self, queryset=None):
      funcionario = None

      # Se você utilizar o debug, verá que os 
      # campos {pk} e {slug} estão presente em self.kwargs
      id = self.kwargs.get(self.pk_url_kwarg)
      slug = self.kwargs.get(self.slug_url_kwarg)

      if id is not None:
        # Busca o funcionario apartir do id
        funcionario = Funcionario.objects.filter(id=id).first()

      elif slug is not None:        
        # Pega o campo slug do Model
        campo_slug = self.get_slug_field()

        # Busca o funcionario apartir do slug
        funcionario = Funcionario.objects.filter(**{campo_slug: slug}).first()

      # Retorna o objeto encontrado
      return funcionario

Dessa forma, os dados do funcionário de id ou slug igual ao que foi passado na URL estarão disponíveis para visualização no template atualiza.html utilizando o objeto funcionario!

No caso geral, eu prefiro utilizar a convenção (configuração no URLConf).

DeleteView

Para deletar funcionários, utilizamos a DeleteView (documentação).

Sua configuração é similar à UpdateView: nós devemos informar via URLConf ou get_object() qual o objeto que queremos excluir.

Precisamos configurar:

  • O template que será renderizado.
  • O model associado à essa view.
  • O nome do objeto que estará disponível no template (para confirmar ao usuário, por exemplo, o nome do funcionário que será excluído).
  • A URL de retorno, caso haja sucesso na deleção do Funcionário.

Com isso, a view pode ser codificada da seguinte forma:

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class FuncionarioDeleteView(DeleteView):
  template_name = "website/exclui.html"
  model = Funcionario
  context_object_name = 'funcionario'
  success_url = reverse_lazy("website:lista_funcionarios")

Assim como na UpdateView, fazemos a configuração do id a ser buscado no URLConf, da seguinte forma:

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urlpatterns = [
    path('funcionario/excluir/<pk>', FuncionarioDeleteView.as_view()),
]

Assim, precisamos apenas fazer um template de confirmação da exclusão do funcionário.

Podemos fazer da seguinte forma:

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<form method="post">    
    {% csrf_token %}

    Você tem certeza que quer excluir o funcionário <b>{{ funcionario.nome }}</b>? <br><br>

    <button type="button">
        <a href="{% url 'lista_funcionarios' %}">Cancelar</a>
    </button>
    <button>Excluir</button>
</form>

Algumas colocações:

  • Se lembra do atributo context_object_name? Olha ele ali presente na quarta linha!
  • A tag do Django {% csrf_token %} é obrigatório em todos os forms pois está relacionado à proteção que o Django provê ao CSRF - Cross Site Request Forgery (tipo de ataque malicioso - saiba mais aqui).
  • Não se preocupe com a sintaxe do template veremos mais sobre ele no próximo post!

CreateView

Essa view, de criação, é bem simples!

Precisamos apenas dizer para o Django o model, o nome do template, a classe do formulário (vamos tratar mais sobre Forms ali embaixo) e a URL de retorno, caso o haja sucesso na inclusão do Funcionário.

Podemos fazer isso dessa forma:

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from django.views.generic import CreateView

class FuncionarioCreateView(CreateView):
  template_name = "website/cria.html"
  model = Funcionario
  form_class = InsereFuncionarioForm
  success_url = reverse_lazy("website:lista_funcionarios")

reverse_lazy() traduz a View em URL. No nosso caso, queremos que quando haja a inclusão do Funcionário, sejamos redirecionados para a página de listagem, para podermos conferir que o Funcionário foi realmente adicionado.

E a configuração da rota no arquivo urls.py:

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from django.urls import path
from helloworld.views import FuncionarioCreateView

urlpatterns = [
    path('funcionario/cadastrar/', FuncionarioCreateView.as_view()),
]

Com isso, estará disponível no template configurado (website/cria.html, no nosso caso), um objeto form contendo o formulário para criação do novo funcionário.

Podemos mostrar o formulário de duas formas.

A primeira, mostra o formulário inteiro cru, isto é, sem formatação e da forma como o Django nos entrega. Podemos mostrá-lo no nosso template da seguinte forma:

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<form method="post">
  {% csrf_token %}

  {{ form }}

  <button type="submit">Cadastrar</button>
</form>

Uma observação: apesar de ser um Form, sua renderização não contém as tags <form></form> - cabendo a nós incluí-los no template.

Já a segunda, é mais trabalhosa, pois temos que renderizar campo a campo no template. Porém, nos dá um nível maior de customização.

Podemos renderizar cada campo do form dessa forma:

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<form method="post">
  {% csrf_token %}

  <label for="{{ form.nome.id_for_label }}">Nome</label>
  {{ form.nome }}

  <label for="{{ form.sobrenome.id_for_label }}">Sobrenome</label>
  {{ form.sobrenome }}

  <label for="{{ form.cpf.id_for_label }}">CPF</label>
  {{ form.cpf }}

  <label for="{{ form.tempo_de_servico.id_for_label }}">Tempo de Serviço</label>
  {{ form.tempo_de_servico }}

  <label for="{{ form.remuneracao.id_for_label }}">Remuneração</label>
  {{ form.remuneracao }}

  <button type="submit">Cadastrar</button>
</form>

Dessa forma:

  • {{ form.campo.id_for_label }} traz o id da tag <input ...> para adicionar à tag <label></label>.
  • Utilizamos o {{ form.campo }} para renderizar um campo do formulário, e não ele inteiro.

Antes de continuarmos, vamos respirar um pouco… Encha sua xícara de café que ainda tem muita coisa! :coffee:

Agora vamos detalhar mais a classe Form, abordada aqui em cima!

Forms

O tratamento de formulários é uma tarefa que pode ser bem complexa.

Considere um formulário com diversos campos e diversas regras de validação: seu tratamento não é mais um processo simples.

Os Forms do Django são formas de descrever os elementos <form>...</form> das páginas HTML, simplificando e automatizando o processo de validação.

O Django trata três partes distintas dos formulários:

  • Preparação dos dados tornando-os prontos para renderização
  • Criação de formulários HTML para os dados
  • Recepção e processamento dos formulários enviados ao servidor

Basicamente, queremos uma forma de renderizar em nosso template o código HTML:

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<form action="/insere-funcionario/" method="post">
    <label for="nome">Your name: </label>
    <input id="nome" type="text" name="nome" value="">
    <input type="submit" value="Enviar">
</form>

Que, ao ser submetido ao servidor, tenha seus campos de entrada validados e inseridos no banco de dados.

No centro desse sistema de formulários do Django está a classe Form.

Nela, nós deescrevemos os campos que estarão disponíveis no formulário HTML e os métodos de validação.

Para o formulário acima, podemos descrevê-lo da seguinte forma.

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from django import forms

class InsereFuncionarioForm(forms.Form):
    nome = forms.CharField(
        label='Nome do Funcionário', 
        max_length=100
    )

Nesse formulário:

  • Utilizamos a classe forms.CharField para descrever um campo de texto.
  • O parâmetro label descreve um rótulo para esse campo.
  • max_length decreve o tamanho máximo que esse input pode receber (100 caracteres, no caso).

Veja os diversos tipos de campos disponíveis acessando aqui

A classe forms.Form possui um método muito importante, chamado is_valid().

Quando um formulário é submetido ao servidor, esse é um dos métodos que irá realizar a validação dos campos do formulário.

Se tudo estiver OK, ele colocará os dados do formulário no atributo cleaned_data (que pode ser acessado por você posteriormente para pegar alguma informação - como o nome que foi inserido pelo usuário no campo <input name='nome'>).

Como o processo de validaçõ do Django é bem complexo e para não prolongar muito o post, acesse a documentação aqui para saber mais.

Vamos ver agora um exemplo mais complexo com um formulário de inserção de um Funcionário com todos os campos.

Vamos começar criando o arquivo forms.py dentro do app website do nosso projeto usando como base os campos do model Funcionario.

Se você não se lembra dos campos - que descrevemos no post passado sobre a camada Model - aqui vão eles:

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from django.db import models

class Funcionario(models.Model):

  nome = models.CharField(
    max_length=255,
    null=False,
    blank=False
  )

  sobrenome = models.CharField(
    max_length=255,
    null=False,
    blank=False
  )

  cpf = models.CharField(
    max_length=14,
    null=False,
    blank=False
  )

  tempo_de_servico = models.IntegerField(
    default=0,
    null=False,
    blank=False
  )

  remuneracao = models.DecimalField(
    max_digits=8,
    decimal_places=2,
    null=False,
    blank=False
  )

Dessa forma, e consultando a documentação dos possíveis campos do nosso formulário, nós podemos descrever um formulário de inserção da seguinte forma:

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from django import forms

class InsereFuncionarioForm(forms.Form)

    nome = forms.CharField(
        required=True,
        max_length=255
    )

    sobrenome = forms.CharField(
        required=True,
        max_length=255
    )

    cpf = forms.CharField(
        required=True,
        max_length=14
    )

    tempo_de_servico = forms.IntegerField(
        required=True
    )

    remuneracao = forms.DecimalField(

    )

Affff, o Model e o Form são quase iguais… Terei que reescrever os campos toda vez? :scream:

Claro que não, jovem! Pra isso o Django criou o incrível ModelForm!!! :wink:

Com o ModelForm nós descrevemos os campos que queremos (atributo fields) e/ou os campos que não queremos (atributo exclude) no formulário em forma de lista.

Para isso, utilizamos a classe interna Meta para incluirmos esses metadados na nossa classe.

Metadado (no caso do Model e do Form) é tudo aquilo que não será transformado em campo, como model, fields, ordering etc (mais sobre Meta options)

Nosso ModelForm, pode ser descrito da seguinte forma:

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from django import forms

class InsereFuncionarioForm(forms.ModelForm):
  class Meta:
    # Modelo base
    model = Funcionario

    # Campos que estarão no form
    fields = [
      'nome',
      'sobrenome',
      'cpf',
      'remuneracao'
    ]

    # Campos que não estarão no form    
    exclude = [
      'tempo_de_servico'
    ]

Podemos utilizar apenas o campo fields, apenas o campo exclude ou os dois juntos.

Mesmo utilizando os atributos fields e exclude, ainda podemos adicionar outros campos, independente dos campos do Model.

O resultado será um formulário com todos os campos presentes no fields, menos os campos do exclude mais os outros campos que adicionarmos.

Ficou confuso? Então vamos ver o exemplo:

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from django import forms

class InsereFuncionarioForm(forms.ModelForm)

  chefe = forms.BooleanField(
    label='Chefe?',
    required=True,
  )

  biografia = forms.CharField(
    label='Biografia',
    required=False,
    widget=forms.TextArea
  )

  class Meta:
    # Modelo base
    model = Funcionario

    # Campos que estarão no form
    fields = [
        'nome',
        'sobrenome',
        'cpf',
        'remuneracao'
    ]

    # Campos que não estarão no form    
    exclude = [
      'tempo_de_servico'
    ]

Isso vai gerar um formulário com:

  • Todos os campos contidos em fields menos os campos contidos em exclude
  • O campo forms.BooleanField, renderizado como um checkbox (<input type='checkbox' name='chefe' ...>)
  • Uma área de texto (<textarea name='biografia' ...></textarea>)

Assim como é possível definir atributos nos modelos, os campos do formulário também são customizáveis.

Veja que o campo biografia é do tipo CharField, portanto deveria ser renderizado como um campo <input type='text' ...>'.

Contudo, eu modifiquei o campo setando o atributo widget com forms.TextArea.

Assim, ele não mais será um simples input, mas será renderizado como um <textarea></textarea> no nosso template!

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Middlewares

Middlewares são trechos de códigos que podem ser executados antes ou depois do processamento de requisições/respostas pelo Django.

É uma forma que os desenvolvedores, nós, temos para alterar como o Django processa algum dado de entrada ou de saída.

Se você olhar no arquivo settings.py, nós temos a lista MIDDLEWARE com diversos middlewares pré-configurados:

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MIDDLEWARE = [
    'django.middleware.security.SecurityMiddleware',
    'django.contrib.sessions.middleware.SessionMiddleware',
    'django.middleware.common.CommonMiddleware',
    'django.middleware.csrf.CsrfViewMiddleware',
    'django.contrib.auth.middleware.AuthenticationMiddleware',
    'django.contrib.messages.middleware.MessageMiddleware',
    'django.middleware.clickjacking.XFrameOptionsMiddleware',
]

Por exemplo, o middleware AuthenticationMiddleware é reponsável por adicionar a variável user a todas as requisições.

Dessa forma, você pode, por exemplo, mostrar o usuário logado no seu template:

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<li>
    <a href="{% url 'profile' id=user.id %}">Olá, {{ user.email }}</a>
</li>

Vamos ver agora como podemos criar o nosso próprio middleware.

Um middleware é um método callable (que tem uma implementação do método __call__()) que recebe uma requisição e retorna uma resposta, assim como uma View, e pode ser escrito como função ou como Classe.

Um exemplo de middleware escrito como função é:

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def middleware_simples(get_response):
    # Código de inicialização do Middleware

    def middleware(request):
        # Código a ser executado para cada requisição 
        # antes da View, e outros middlewares, serem executada
        
        response = get_response(request)

        # Código a ser executado para cada requisição/resposta
        # após a execução da View que irá processar 
        
        return response

    return middleware

E como Classe:

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class MiddlewareSimples:
    def __init__(self, get_response):
        self.get_response = get_response
        # Código de inicialização do Middleware

    def __call__(self, request):
        # Código a ser executado para cada requisição 
        # antes da View, e outros middlewares, serem executada

        response = self.get_response(request)

        # Código a ser executado para cada requisição/resposta
        # após a execução da View que irá processar 

        return response

Como cada Middleware é executado de maneira encadeada, do topo da lista MIDDLEWARE para o fim, a saída de um é a entrada do próximo.

O método get_response() pode ser a própria View, caso ela seja a última configurada no MIDDLEWARE do settings.py, ou o próximo middleware da cadeia.

Utilizando a construção do middleware via Classe, nós temos três métodos importantes:

process_view

Assinatura: process_view(request, func, args, kwargs)

Esse método é chamado logo antes do Django executar a View que vai processar a requisição e possui os seguintes parâmetros:

  • request é o objeto HttpRequest.
  • func é a própria view que o Django está para chamar ao final da cadeia de middlewares.
  • args é a lista de parâmetros posicionais que serão passados à view.
  • kwargs é o dict contendo os argumentos nomeados (keyword arguments) que serão passados à view.

Esse método deve retornar None ou um objeto HttpResponse:

  • Caso retorne None, o Django entenderá que deve continuar a cadeia de Middlewares.
  • Caso retorne HttpResponse, o Django entenderá que a resposta está pronta para ser enviada de volta e não vai se preocupar em chamar o resto da cadeia de Middlewares, nem a view que iria processar a requisição.

process_exception

Assinatura: process_exception(request, exception)

Esse método é chamada quando uma view lança uma exceção e deve retornar ou None ou HttpResponse. Caso retorne um objeto HttpResponse, o Django irá aplicar o middleware de resposta e o de template, retornando a requisição ao browser.

  • request é o objeto HttpRequest
  • exception é a exceção propriamente dita lançada pela view (Exception).

process_template_response

Assinatura: process_template_response(request, response)

Esse método é chamado logo após a view ter terminado sua execução, caso a resposta tenha uma chamada ao método render() indicando que a reposta possui um template.

Possui os seguintes parâmetros:

  • request é um objeto HttpRequest.
  • response é o objeto TemplateResponse retornado pela view ou por outro middleware.

Agora vamos criar um middleware um pouco mais complexo para exemplificar o que foi dito aqui!

Vamos supor que queremos um middleware que filtre requisições e só processe aquelas que venham de uma determinada lista de IP’s.

O que precisamos fazer é abrir o cabeçalho de todas as requisições que chegam no nosso servidor e verificar se o IP de origem bate com a nossa lista de IP’s.

Para isso, colocamos a lógica no método process_view, da seguinte forma:

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class FiltraIPMiddleware:    

  def __init__(self, get_response=None):
    self.get_response = get_response

  def __call__(self, request):
    response = self.get_response(request)

    return response

  def process_view(request, func, args, kwargs):
    # Lista de IPs autorizados
    ips_autorizados = ['127.0.0.1']

    # IP do usuário
    ip = request.META.get('REMOTE_ADDR')

    # Verifica se o IP do cliente está na lista de IPs autorizados
    if ip not in ips_autorizados:
      # Se usuário não autorizado > HTTP 403: Não Autorizado
      return HttpResponseForbidden("IP não autorizado")

    # Se for autorizado, não fazemos nada
    return None

Depois disso, precisamos registrar nosso middleware no arquivo de configurações settings.py (na configuração MIDDLEWARE):

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MIDDLEWARE = [
  # Middlewares do próprio Django
  'django.middleware.security.SecurityMiddleware',
  'django.contrib.sessions.middleware.SessionMiddleware',
  'django.middleware.common.CommonMiddleware',
  'django.middleware.csrf.CsrfViewMiddleware',
  'django.contrib.auth.middleware.AuthenticationMiddleware',
  'django.contrib.messages.middleware.MessageMiddleware',
  'django.middleware.clickjacking.XFrameOptionsMiddleware',

  # Nosso Middleware
  'helloworld.middlewares.FiltraIPMiddleware',
]

Agora, podemos testar seu funcionamento alterando a lista ips_autorizados:

  • Coloque ips_autorizados = ['127.0.0.1'] e tente acessar alguma URL da nossa aplicação: devemos conseguir acessar normalmente nossa aplicação, pois como estamos executando o servidor localmente, nosso IP será 127.0.0.1 e, portanto, passaremos no teste.
  • Coloque ips_autorizados = [] e tente acessar alguma URL da nossa aplicação: deve aparecer a mensagem de “IP não autorizado”, pois nosso IP (127.0.0.1) não está autorizado a acessar o servidor.

Código

Se quiser fazer o download do código desenvolvido até aqui, clique aqui para baixá-lo!

Conclusão

Ufa! Acho melhor parar por aqui… :tired_face:

Vimos vários conceitos sobre os tipos de Views (funções e classes), alguns tipos de CBV (Class Based Views), como mapear suas URL para suas views através do URLConf, como entender o fluxo da sua requisição utilizando o debug da sua IDE, como utilizar os poderosos Forms do Django, como utilizar middlewares para adicionar camadas extras de processamento às requisições e respostas que chegam e saem da nossa aplicação.

Com certeza ainda tem muita coisa para você descobrir e desvendar! MAs não se esqueça que qualquer dúvida que você tiver no seu processo de aprendizagem, não exite em entrar em contato comigo pelas minhas redes sociais ou pelo box de comentário aqui embaixo!

Espero ter facilitado seu entendimento sobre a camada View do Django!

No post sobre a Camada Template (que já está disponível aqui) construímos os templates e páginas HTML da nossa aplicação!

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Nos vemos!

Bom desenvolvimento! :wink:

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